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Cairo, Egipto

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Cairo, Egipto

Depois de uma manhã nas pirâmides, regressámos ao hotel, desta vez de autocarro, para almoçar lá perto e descansar um pouco (ou na verdade muito, já que estava a ver que os meu colegas nunca mais queriam sair) e depois caminhar pela confusão da cidade até à zona Islâmica do Cairo.

Complexo islâmico de Al-Ghuri no Cairo

Esta zona surpreendeu-me ainda mais que as pirâmides. As ruas apresentam-se tal e qual como David Roberts as pintou à quase 200 anos. Repleta de mesquitas, madrassas e bazares numa enorme azafama de vendedores, agora turistas em vez de comerciantes de todas as partes do mundo.

Mesquita de Al Azhar, Cairo
Mesquita de Al Azhar, Cairo
Mesquita de Al Azhar, Cairo

Enquanto os meus colegas aproveitavam para fazer as compras, eu tratei de explorar os recantos da mesquita Al Azhar, a mais antiga de África e depois desta fomos todos até à de  Rassul Husein  que fica mesmo ao lado, mesmo ao lado do mercado de Khan El-Kalili, onde andamos a deambular pelas ruas já de noite. Senti-me mal recebido na mesquita de Husein: primeiro um rapaz alertou-me de que eu não devia andar com os chinelos na mão em frente a mim.

Tudo bem, se assim é, obrigado. Depois, junto a um túmulo que ali se encontra fui abordado por uns homens que lá se encontravam que me perguntaram se eu era muçulmano. Disse que não. Ao contrário de outros locais em que encontrei uma boa abertura religiosa ali fui quase corrido, só por palavras, porque se não era muçulmano não tinha nada a fazer naquele local.  Diga-se a verdade, aquele também não é um lugar para brincadeiras. Em pouco tempo já houveram dois atentados á bomba, com bastantes mortos, mesmo em frente a esta mesquita.

Continuamos a nossa caminhada nocturna por esta ruas, até à mesquita de Al Anwar, onde estava a decorrer um casamento. Estivemos lá sem qualquer problema durante um bom bocado a acompanhar a cerimónia bem de perto, e depois saímos da mesquita, contornamos as muralhas por fora e voltamos a entrar, percorrendo umas ruas que não devem estar muito habituadas a ver turistas, o que assustou um pouco os meus colegas.

Correu tudo bem e por fim apanhámos um táxi até junto ao hotel. À noite saímos todos para ir fumar shisha, o que se viria a tornar um hábito nos dias seguintes. De regresso ao hotel, por teimosia dos meus colegas acabámos por nos perder, mas depois de pedirmos algumas indicações conseguimos por fim chegar.

Segundo dia: Museu Egípcio

Parte fundamental numa visita ao Cairo, ainda que curta como a minha é o Museu Egípcio.  O museu, o principal do Egipto, tem 2 pisos com 89 salas, incluindo a sala das múmias reais, com 27 múmias dos antigos faraós. Dirigimos-nos lá a pé, pois fica bastante perto do nosso hotel.

À entrada do museu egípcio no Cairo

À entrada passamos por um controlo de raio-x, de modo que a restrição à entrada de câmaras fotográficas é aplicada à risca. Passei assim perto de duas horas a vaguear por aquelas salas, podendo ver ao vivo alguns dos artefactos que constam em qualquer livro de história. Deixei para o fim o andar superior que em grande parte está ocupado pelo espólio recolhido por Howard Carter em 1922 no túmulo de Tutankhamun, no Vale dos Reis.

Para terminar em grande fui à sala onde se encontra provavelmente o mais famoso achado da arqueologia no Egipto: a máscara de ouro de  Tutankhamun e todas as restantes jóias que se encontraram dentro do sarcófago.

Não visitei a sala das múmias. Agora tenho pena, mas o orçamento já começava a apertar e achei que não valia a pena pois era um bilhete extra.

De tarde seguimos de comboio para Alexandria.Guardar

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2 COMENTÁRIOS

  1. Ola meu caro…
    Admiro sua ousadia em conhecer varios paises, quem dera eu tivessse a mesma apitidão, tenho uma pergunta quero fazer uma viagem do Cairo a Jerusalém vc conhece alguém que possa nos hospedar ou conhece alguma hospedagem barata e boa rsrsr..

    Aguardo resposta

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