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Budapeste, margens do Danúbio, castelo de Buda e avenida Andrássy

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Budapeste, margens do Danúbio, castelo de Buda e avenida Andrássy

roteiro budapeste

Chegada a Budapeste

Rasgada a meio pelo Danúbio, com as pontes a cruzarem aquele mar de água, Budapeste não engana quando vista da janela do avião.

Aterro no aeroporto ao inicio da manhã e, tal como já escrevi noutro artigo, viajo de autocarro e comboio do aeroporto para o centro de Budapeste. Rapidamente deixo a minha mochila no hostel e parto para começar a explorar a cidade.

Budapeste e o Danúbio vista do avião
Budapeste e o Danúbio vista do avião

Depois de uma reportagem que vi poucos dias antes de chegar aqui sobre as políticas pouco amistosas do governo húngaro para com os sem abrigo,  espanta-me a quantidade deles que vagueiam ou dormem pelas ruas.

Pela ponte Széchenyi Lánchíd até à colina do castelo de Buda

Sigo em direcção à ponte Széchenyi, também conhecida por Chain Bridge. Esta é uma das mais conhecidas pontes que cruza o Danúbio já que é a mais próxima da colina de Buda onde ficam os palácios e castelo. Ao observa-la, fico em crer que a sua designação vem do facto de na sua construção terem sido usadas placas gigantes arrebitadas que fazem lembrar uma corrente de bicicleta.

chain bridge Budapeste
Széchenyi Lánchíd, a ponte sobre o Danúbio em Budapeste

Está um frio de rachar nesta dia de Janeiro e arrependo-me de não ter trazido mais roupa.

Assim que se passa o rio há um funicular que ajuda a vencer a subida até ao castelo. Por 1100 florins qualquer um pode ser um aristocrata por breves minutos. As carruagens de madeira rapidamente nos transportam para o seio do império Austro-húngaro.

funicular castelo budapeste
Funnicular para o castelo de Buda em Budapeste

O céu enevoado dá um certo carisma ao cenário que se tem ao chegar lá cima. Se fosse noutro local certamente que as fotografias iam ficar mais bonitas com um céu azul. Mas aqui não. Parece ser mesmo esta a cor que combina com cidade.

Cá em cima não faltam os palácios e os museus. Facilmente me contento com as fachadas e com as estátuas de deuses e heróis que relembram as glórias do passado deste país. Sigo em direcção ao Bastião dos Pescadores sem entrar em nenhum destes edifícios.

Castelo de Buda
Castelo de Buda em Budaspeste, Hungria
Panorama de Budapeste
Vista panorâmica de Budapeste com o Danúbio e Parlamento

A bela igreja de Matias, rei da Hungria, destaca-se como uma das mais belas e mais importantes do país. Ali, sob o seu telhado colorido foram durante anos coroados os reis da Hungria.

Igreja Matias Budapeste
Igreja Matias na colina de Buda em Budapeste

A recordar a história do país está também o Bastião dos Pescadores. Este interessante monumento, e um dos melhores miradouros da cidade, celebra as tribus Magiar que fundaram a nação húngara.

Bastião dos Pescadores
Bastião dos Pescadores em Budapeste
Bastião dos Pescadores em Budapeste
Bastião dos Pescadores em Budapeste, um autêntico castelo de fadas

Patinagem junto ao Castelo de Vajdahunyad

Acabo por passar menos tempo do lado de Buda do que tinha inicialmente planeado. Assim, passo para o lado de Peste e começo por visitar a enorme basílica de Santo Estêvão. Fiquei a sabe no dia seguinte que, a par com o Parlamento, é um dos dois edifícios mais altos de Budapeste, com 96 metros de altura. É dedicada a Estêvão I, santo e primeiro rei da Hungria.

Curiosamente, na minha caminhada pela cidade deparo-me com uma outra igreja cuja estátua no sue jardim me parece familiar. Uma santa coroada de rainha com uma manto de onde caem rosas só pode ser uma: Santa Isabel.

Dormir em Budapeste

A minha opção para dormir estas duas noites em Budapeste foi o Hostel Budapest Center. A escolha deveu-se não só ao facto de ter uma boa classificação nos sites de reserva, mas também devido à localização.

Este hostel fica mesmo ao lado da estação de metro Astoria e, a uma distância facilmente percorrível a pé da estação de comboio de Budapeste-Keleti. Como tinha de apanhar aí comboio para Praga às 5 da manhã e não tinha a certeza de ter metro a essa hora, perferi ficar perto.

O hostel em si revelou-se um espaço agradável, com um decoração extravagante e pessoal simpático mas, a verdade é que cheguei sempre tarde e saí sempre muito cedo.

Se preferir outras opções, sugiro-lhe que procure aqui o seu Hotel em Budapeste

Parlamento de Budapeste

Começo o dia pelo mais emblemático edifício da cidade: o monumental edifício do parlamento húngaro. As ruas em redor estão tomadas pelas obras e só depois de contornar várias barricadas, pinos e painéis de rede chegou por fim ao museu nas traseiras do Parlamento. É aqui que se compram os bilhetes para a visita guiada, no meu caso, em inglês.

parlamento Budapeste
Pormenor do edifício do parlamento de Budapeste

Pago os 1750 florins e dirijo-me à entrada. Após a revista e os detectores de metais sou recebido junto com os restantes visitantes pela guia e dois guardas que nos irão acompanhar.

Lá dentro domina o gótico, os dourados, as estátuas e os vitrais num caleidoscópio de cores que contrasta com a suavidade do branco das fachadas. A guia conduz-nos pelas passadeiras vermelhas dos infindáveis corredores até um dos hemiciclos, pelo meio de curiosidades sobre o edifício, os políticos e a história do país.

Uma visita que sem sombra de dúvidas vale a pena!

parlamento Budapeste
Hemiciclo no parlamento húngaro em Budapeste

Avenida Andrássy e Praça dos Heróis

Finda a visita ao parlamento embrenho-me pelas ruas em redor que me levam até junto da estação de Budapeste-Nyugati. Queria comprovar se esta era tão espetacular como parecia numas fotos que tinha visto dias antes. À excepção de uns vidros partidos que os olhares mais atentos detectam, estou certo de estar perante uma das mais belas estações de comboio do mundo.

Budapeste-Nyugati
Fabulosa fachada da estação de Budapeste-Nyugati

Para poupar um pouco as pernas apanho ali em frente o tram até à praça Oktogon, já na Avenida Andrássy. Este vai de tal forma atulhado que não consigo picar o bilhete.

Subo esta que é a avenida mais importante da cidade ao longo dela encontro a Ópera, os cafés, as lojas, as fachadas neorenascentistas. Todos eles relembram o passado (e presente) glorioso de Budapeste.

Ópera Budapeste
Ópera de Budapeste

Há no entanto um edifício que se destaca e não pelas melhores razões. A Casa do Terror, que está fechada na altura em que passo, relembra os momentos mais negros da história recente da Hungria. Ao longo do século XX foi morada das polícias secretas fascista e comunista e as suas parede contam histórias que os húngaros preferiam não conhecer.

Casa do Terror budapeste
Casa do Terror na Avenida Andrássy em Budapeste

Poucos centímetros abaixo dos pés que circula a segunda mais antiga linha de metro da Europa, inaugurada em 1896. As colunas de ferro rebitado que suportam a rua acima, os guichets de madeira e os azulejos nas paredes, iguais em todas as estações, mais do que rua acima, levam-nos numa viagem pelo tempo.

Tudo isto razões mais do que suficientes para que esta rua, em conjunto com o castelo de Buda e as margens do Danúbio constituam um local classificado pela UNESCO como Património da Humanidade.

Praça dos Heróis Budapeste
Praça dos Heróis em Budapeste

Pelo Museu da Electricidade até à Sinagoga

Enquanto procurava pela famosa Sinagoga de Budapeste deparei-me numa rua estreita com o “Museu da Electricidade” Óbvio que um engenheiro electrotécnico tinha de entrar. Assim o fiz.

Tive a sensação de estar a entrar num do vários museus de ciência da Universidade de Coimbra. Aqui no entanto, não havia quem falasse inglês e, até me pareceram algo surpreendidos por um turista querer fazer uma visita. O guarda lá me acompanhou e me juntou a um pequeno grupo duma família que andava numa visita guiada. Embora muito interessante do ponto de vista científico e, bastante interactivo para as crianças, que podiam experimentar várias máquinas eléctricas, a falta de diálogo estava a tornar a experiência pouco interessante. Ao fim de algum (bastante) tempo, já só procurava uma forma de sair daquele labirinto.

Sinagoga Budapeste
Lindíssima Sinagoga de Budapeste

Banhos termais de Széchenyi

Depois de passar pelo hostel para pegar nos calções e na toalha, e comer uma sopa goulash num restaurante ali perto apanho o metro em direcção aos banhos termais de Széchenyi.

termas Széchenyi budapeste
Banhos termais de Széchenyi em Budapeste

Este era um dos locais que mais queria visitar nesta cidade e acabei por passar aqui o resto do dia. Pode ler mais sobre esta maravilha neste artigo: termas em Budapeste

Colina de Géllert à noite

Com as poucas energias que ainda me restam depois destes dois dias a caminhar, decido ir até ao cimo da colina de Géllert. Cruzo o Danúbio pela Ponte da Liberdade, mais uma fabulosa obra de engenharia do final do século XIX e passo frente ao Hotel Géllert. Este alberga outras das famosas termas de Budapeste e fica a promessa que esta será a minha escolha numa próxima visita à cidade.

? Ponte da Liberdade em Budapeste #Hungria ?? #viagem ?

Uma publicação partilhada por David Samuel Santos (@dobrar.fronteiras) a

A escadaria leva-me até ao topo da cidadela. Embora não muito movimentado, há alguns jovens a passear por aqui. Não me sinto inseguro.

Neste local consigo olhar de cima a colina do castelo de Buda, o Danúbio, a cidade por onde andei nos últimos dois dias.

Desço estafado para o hostel para umas poucas horas de sono antes de partir para Praga com uma enorme vontade de aqui voltar.

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Olá! Eu sou o Samuel, autor do artigo que acabou de ler. Como você, também gosto de viajar e descobrir povos e lugares. Partilho neste blog as experiências vividas nos vários países por onde já andei. Pode saber mais sobre mim na página <a href="https://dobrarfronteiras.com/sobre-autor-david-samuel-santos/">Sobre o autor</a>. Espero que tenha gostado e, se tiver alguma coisa a acrescentar, deixe um comentário abaixo.