Viajar na China

Alguns dados da China

  • Capital: Pequim (Beijing)
  • Moeda: Renminbi (Yuan)
  • População: 1379 milhões de habitantes

Fronteiras da China

A China faz fronteira com a Mongólia, Rússia, Coreia do Norte, Vietname, Laos, Mianmar, Índia, Butão, Nepal, Paquistão, Afeganistão, Tajiquistão, Quirguistão e Cazaquistão.

Os viajantes portugueses necessitam de obter previamente visto para entrar na China.

Locais Património da Humanidade na China

A China é o segundo país do mundo com mais locais classificados como património da Humanidade pela UNESCO. Ao todo são 53, o que é um indicador da riqueza histórica e natural do país. Na minha primeira viagem à China tive a possibilidade de visitar 7 destes locais:

  • Templo do Céu, altar imperial de sacrifícios em Pequim;
  • Palácio de Verão, jardim imperial em Pequim;
  • A Grande Muralha;
  • Grutas de Yungang;
  • Cidade antiga de Ping Yao;
  • Mausoléu do primeiro imperador Qin;
  • Grutas de Longmen.

O meu roteiro na China

Visitei a China na primeira quinzena de Novembro de 2018, tendo chegado a Pequim na madrugada do dia 2 e regressado na manhã do dia 15.

A China é um país enorme e com imenso para ver. Não vale a pena querer ver “tudo” em 15 dias ou mesmo num mês.

Com o tempo disponível tracei um roteiro que me permitisse visitar o máximo de locais património da humanidade e outros que achei serem interessantes. Por forma a rentabilizar o tempo evitei viagens demasiado longas. A rede de comboios de alta velocidade é uma mais valia para poupar tempo em viagens.

A minha previsão é que com mais 3 viagens de 2 semanas consiga ver o básico do país.

  • 1º e 2º Dia: Pequim
    • Templo do Céu;
    • Praça Tiananmen;
    • Cidade Proibida;
    • Torres do Tambor e do Sino;
    • Palácio de Verão;
    • Bairros Hutong;
    • Templo Lama;
  • 3º Dia: Muralha da China
  • 4º Dia: Viagem para Datong
  • 5º Dia: Datong
    • Mosteiro suspenso de Xuánkōng Sì;
    • Grutas Yúngāng;
  • 6º Dia: Datong
    • Muralha da China em Deshengbao;
    • Viagem de comboio para Pingyao
  • 7º Dia: Pingyao
    • Visita à cidade, museus e muralhas
  • 8º dia: Monte Mian
  • 9º dia: Xian
    • Viagem de comboio para Xian;
    • Visita ao bairro muçulmano;
  • 10º dia: Xian
    • Túmulo do primeiro imperador Qin e exército de terracota;
  • 11º dia: Monte Hua
  • 12º dia: Viagem de Huashan para Luoyang
    • Visita às grutas Longmen
  • 13º dia: Viagem para Pequim
    • Visita à Ponte Lugou (Ponte Marco Polo)

Locais a visitar na China

Pequim – a capital da China

A grandiosa capital da China, Pequim é um misto de história e tradição com evolução e desenvolvimento.

Cidade Proibida em Pequim
A Cidade Proibida é o antigo palácio imperial, principal atracção turística da cidade

Xi’an

Xi’an é uma das cidades da mais importantes da China, tendo sido sua capital durante várias dinastias e, ponto de partida para as caravanas da rota da seda.

Fui até lá por duas razões: para visitar o exército de terracota e a montanha de Huashan. Ao primeiro contacto a cidade não me cativou, mas quando caiu a noite, fui conquistado pela comida e pelas luzes.

Espectáculo de água luz e som junto à torre do tambor em Xi'an, China
Espectáculo de água luz e som junto à torre do tambor em Xi’an, China

Muralha da China – das ruínas de Jiankou a Mutyaniu

Local incontornável numa visita à China, a Grande Muralha da China é o ex-libris do país. Planeei na minha viagem visitá-la na secção de Mutyaniu, uma das várias que estão restauradas e abertas ao público, mas também uma zona não restaurada.

Percorri a Grande Muralha da China na secção de Jiankou e de Mutyaniu, naquele que foi o mais surpreendente dia desta viagem. Mas não me fiquei por aqui…

A Grande Muralha da China em Mutyaniu

Muralha da China – o forte de Deshengbao, Datong

Dois dias depois, tendo ficado com quase um dia livre em Datong, aproveitei para visitar uma zona bem mesmo conhecida da Grande Muralha, já bem perto da fronteira com a província da Mongólia Interior: o forte de Deshengbao.

Aqui a muralha é bem diferente: estende-se pela planície e pouco mais resta do que uns montes de barro. Felizmente é notório o esforço das autoridades em recuperar este património.

Ruínas da Grande Muralha da China em Deshengbao

Pingyao, cidade museu na China

O centro histórico de Pingyao é talvez o mais bem conservado da china, transportando-nos para tempos ancestrais. Está inscrito na lista de Património da Humanidade da UNESCO.

Mianshan

Num vale escarpado a 60 quilómetros de Pingyao escondem-se os templos taoistas de Mianshan. O cenário é um misto de belo e assustador. A estrada que conduz aos templos equilibra-se nos penhascos, decorado por templos coloridos. Uma escapadinha que vale a pena!

Cidade rejuvenescida de Datong

Datong é uma cidade relativamente próxima de Pequim (comparando com a imensidão que é a China). Foi até lá por causa de dois lugares próximos: as grutas de Yungang e o mosteiro suspenso de Xuánkōng Sì, mas a própria cidade acabou por me cativar.

Monte Hua

Huashan é uma das montanhas sagradas do Taoismo na China, mas o que atrai aí os viajantes são os trilhos vertiginosos e as paisagens de cortar a respiração.

Ler mais sobre Huashan

Pavilhão do Xadrez nas montanhas de Huashan

Grutas de Longmen

Nos arredores da cidade de Luoyang, capital da China durante vários períodos, encontra-se um dos mais ricos tesouros do país: as grutas budistas de Longmen.

Escavadas na rocha ao longo das margens do rio Yishui entre os anos 618 e 907, albergam estátuas de Buda, que vão desde os poucos centímetros, até mais de 17 metros de altura. No ano 2000 foram inscritas na lista de Património da Humanidade pela UNESCO.

Viajar de comboio na China

Com distâncias de centenas (ou mesmo milhares) de quilómetros para percorrer e uma rede ferroviária de excelência, o comboio é o meio de transporte de eleição para viajar pela China.

Fique a saber como foi a minha experiência no artigo Viajar de comboio na China

Que moeda utilizar na China

A moeda chinesa é o Renmibi, chamado de Yuan quando para designar o valor. Ou seja, Yuan, Renmibi, CNY ou RMB é a mesma coisa. Um Euro vale aproximadamente 7,5RMB (2019), mas este valor depende da cotação dos mercados, como qualquer moeda.

Na minha viagem utilizei o cartão Revolut (VISA) para fazer levantamentos e pagamentos. Nos hotéis foi sempre aceite. Noutros locais não experimentei. Os terminais multibanco (ATM) estão normalmente nos edifícios dos bancos. Na maior parte das vezes não tive problemas em utilizar o cartão, embora em dois casos a operação tenha sido recusada. Nunca foram cobradas taxas locais.

As casas de câmbio não são frequentes, pelo que se viajar com dinheiro, o câmbio terá de ser feito no balcão de um banco. Pela facilidade em utilizar o cartão, acabei por levantar o dinheiro todo, embora levasse alguns Euros comigo.

Hotéis na China – onde dormir

A par com a comida, é no alojamento que se notam maiores diferenças ao nível do orçamento quando se viaja na China.

Assim, em função do orçamento disponível, é bom organizar a viagem com alguma antecedência já que mesmo em época baixa, facilmente a lotação esgota em alguns estabelecimentos.

Das cidades que visitei, Pequim é a cidade mais cara para dormir. Uma cama de dormitório no hostel (decente) custou-me 150RMB por noite (cerca de 20€).

Já em Datong, por 23€ fiquei num inesquecível hotel no centro histórico da cidade, com pequeno almoço incluído.

Para todas as reservas utilizei o Booking.com para efectuar as reservas.

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