Moçambique

Quando visitei Moçambique: Junho 2014
Foi a Moçambique em Junho de 2014, ao encontro da minha irmã que aí se encontrava há quase um ano em voluntariado, com a Associação Portuguesa de Amigos de Raúl Follereau (APARF).

Inicialmente, dada a dificuldade em obter visto não esperava conseguir mais do que passar em transito pela província de Tete e talvez entrar no Niassa. No entanto, um visto de 30 dias conseguido em Harare levou-me a alterar os planos da viagem e desistir de visitar o Malawi para aproveitar mais tempo neste país.

O roteiro acabou então por ser o seguinte:

  • 4 Junho – Viagem de autocarro de Harare para Tete
  • 5 Junho – Barragem de Cahora Bassa
  • 6 Junho – Viagem de chapa de Tete para Mitande (Niassa), cruzando o Malawi
  • 7, 8 e 9 Junho – Pausa em Mitante, onde se encontrava a minha irmã
  • 10 Junho – Viagem de chapa até Cuamba
  • 11 Junho – Viagem de comboio de Cuamba a Nampula
  • 12 e 13 Junho – Ilha de Moçambique
  • 14 Junho – Viagem para Gurué e visita aos campos de chá
  • 15 Junho – Viagem de carrinha de Gurué a Milange e nova entrada no Malawi
  • 16 Junho – Nova paragem em Tete
  • 17 Junho – Saída definitiva do país de volta a Harare (Zimbabwe)

Problemas em conseguir o visto para Moçambique? Veja esta página:

Links para algumas páginas com informação útil que fui consultando na preparação desta viagem:

Alguns dados sobre Moçambique

  • Capital: Maputo
  • População: 25,8 milhões
  • Línguas: Português
  • Moeda: Metical

Património da humanidade

Moçambique tem apenas um local classificado pela UNESCO como património da humanidade: a Ilha de Moçambique, no norte do país, entreposto comercial e ponto de encontro de culturas ao longo de séculos.
Há 4 outros locais candidatos: a reserva marinha da Ponta do Ouro, o arquipélago de Quirimbas, as montanhas de Vumba e os vestígios arqueológicos de Manyikeni e Chibuene.

Saiba mais nesta página sobre a Ilha de Moçambique

Praia e capela de St. António, Ilha de Moçambique

Outros locais e monumentos em Moçambique

Transportes em Moçambique

Em África vive-se ao máximo a velha máxima que diz, “o que importa é a viagem e não o destino”. Anárquicos, desconfortáveis, inseguros, mal cheirosos, sem horários fixos, os meios de transporte públicos são parte fundamental da experiência de viajar por África por nos trazerem para junto da realidade das populações locais.

Isto aplica-se sobretudo aos “chapas”.

Se está a pensar em embarcar nesta aventura, deixo alguns conselhos fundamentais:
Não tenha pressa de partir. Não há horários de saída: os chapas e minibus partem quando estão cheios (pelo menos o suficiente para não dar prejuízo). E rotas menos movimentadas cheguei a estar 3 horas num cruzamento à espera que passa-se um chapa e por outra ocasião, para ir de Nampula para a Ilha de Moçambique, estive 4 horas à espera que chegassem passageiros suficientes para partirmos.

Não há lotação definida. Uma carrinha de 9 lugares leva sempre no mínimo 16 pessoas, sem contar claro está as crianças e, se for ao fim do dia, altura em que a ética e a ganância dos condutores não deixam que ninguém fique apeado no perigo da noite, este número pode chegar às 30…

Esqueça tudo o que aprendeu sobre segurança rodoviária. Reze e pense que eles fazem aquilo todos os dias. O limite de velocidade é o imposto pelo motor, tendo em conta a carga normalmente excessiva que este arrasta. O estado das viaturas nem sempre é o melhor (todas elas já terminaram a sua vida útil na Europa ou na Ásia e foram para ali enviadas) e cintos de segurança são um conceito desconhecido.

Não tenha pressa de chegar. Por vezes, quando partir vão-lhe dizer que a viagem demora 4h ou 5h, mas este valor pode facilmente chegar às 10h.

"Chapa" de Gurué para Milange na província da Zambézia, Moçambique
“Chapa” de Gurué para Milange na província da Zambézia, Moçambique

Hoteis em Moçambique